Notícias

Os impactos do furacão Ian na logística

Depois de se intensificar rapidamente sobre as águas quentes do Golfo do México, o furacão Ian atingiu ontem, dia 28/9, o sudoeste da Flórida como uma enorme tempestade de categoria 4, com ventos de até 250 km/h. Isso significa que é uma das tempestades mais fortes que já atingiram o estado, bem como os EUA.

Na manhã de quinta-feira, dia 29/9, mais de 2 milhões de pessoas estavam sem energia em todo o estado. Vídeos e fotos circulando nas redes sociais mostraram a água passando por propriedades à beira-mar em Fort Myers, Bonita Springs e Sanibel Island. Carros e até casas foram avistados flutuando nas águas da enchente, enquanto linhas de energia e árvores foram derrubadas, de acordo com relatórios iniciais. Antes de chegar aos EUA, a tempestade derrubou a rede elétrica de Cuba.

Embora tenha diminuído para uma categoria 1 na escala Saffir-Simpson, ainda não é possível prever quando alguns serviços voltarão ao normal nos locais por onde ele passou. A Flórida e estados vizinhos estão anunciando interrupções na cadeia de suprimentos e serviços logísticos.

Muitas cidades ordenaram evacuações antes da chegada de Ian, incluindo Tampa, São Petersburgo, Sarasota, Fort Myers e Nápoles. Consequentemente, as empresas nessas áreas fecharam antes mesmo da chegada da tempestade, com a expectativa de que, mesmo na melhor das hipóteses, com baixo cenário de danos, a atividade comercial não seria retomada até o fim de semana, quando os evacuados retornassem.

Tampa Bay, o maior porto do estado, iniciou os preparativos para fechar suas operações na segunda-feira, dia 26/9, e encerrou as operações de navios na terça-feira, dia 27/9.

As operações de carga do SeaPort Manatee também pararam, enquanto a Port of Miami Terminal Operating Company e o South Florida Container Terminal foram fechados na quarta-feira, dia 28/9. O porto de Miami já reabriu.

O Aeroporto Internacional de Tampa e o Aeroporto Internacional de Orlando estão fechados. O Aeroporto Internacional de Miami está aberto,  mas alerta os viajantes sobre atrasos e cancelamentos de voos.

Também há preocupações com inundações nos principais corredores de caminhões, como as Interestaduais 4, 75, 10 e 95, que são grandes hubs de armazenamento para grandes empresas de comércio eletrônico e varejo.

O impacto do furacão na logística e nas cadeias de suprimentos também pode se estender além da Flórida. Uma declaração de emergência veio na quarta-feira da Federal Motor Carrier Safety Administration, não apenas para a Flórida, mas também para estados vizinhos como Alabama, Geórgia, Kentucky, Mississippi, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee.

Empresas com operações de logística locais disseram que suas equipes em Miami e Savannah estão observando a tempestade e seus caminhoneiros provavelmente sofrerão atrasos nas entregas já programadas, ainda sem prazo para retorno à normalidade.

A tempestade levou a Autoridade Portuária da Carolina do Sul a avisar que seus terminais seriam fechados na sexta-feira, enquanto monitora o caminho do furacão. Port of Savannah e Port of Charleston também emitiram avisos, alertando sobre o potencial de interrupção.

 

O que acontece a seguir com os impactos causados pelo furacão Ian?

Isso significa que qualquer atividade logística será, na melhor das hipóteses, desacelerada por vários dias e, na pior das hipóteses, encerrada nas áreas citadas acima. As transportadoras geralmente transferem a capacidade de movimentação de cargas para outras áreas, com o objetivo de manter opções viáveis enquanto uma região sofre com a tempestade, mas essa não é uma solução para cargas já em trânsito.

Para as áreas que sofrem danos, as águas das enchentes precisarão retroceder e os detritos de árvores, estruturas e muito mais precisarão ser removidos para obter uma avaliação clara das vias de transporte.

Se você tiver alguma dúvida sobre sua carga em movimento na região ou precisa de ajuda para planejar o embarque da sua carga, entre em contato com um especialista da Pluscargo e tenha ajuda de uma rede especializada nas Américas.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *