Considerada o 5º maior parceiro comercial do Brasil, a Alemanha, especialmente no atual período de pandemia, mostrou-se bastante engajada em iniciativas de combate ao vírus e de apoio e à recuperação da economia, tanto no próprio país, como em outras regiões, como no Brasil.
Para entender melhor sobre esse cenário, Soraya Magdanelo conversou com Ricardo Castanho, Diretor de Internacionalização de Empresas e Desenvolvimento de Negócios da Câmara Brasil-Alemanha.
O impacto econômico gerado no país com a pandemia do novo coronavírus
Segundo Ricardo, já se esperava que, no ano de 2020, a Alemanha tivesse uma queda em seu Produto Interno Bruto (PIB). A grande questão em pauta nos últimos tempos, estava relacionada aos impactos da segunda onda.
Hoje, com mais conhecimento sobre a doença, de certa forma, isso possibilita com que ações e flexibilizações sejam mensuradas e viabilizadas com mais assertividade. Por outro lado, ainda há uma grande incerteza sobre as barreiras e limitações que o governo alemão pode estabelecer, o consequentemente, gera uma oscilação muito grande em toda economia.
O sistema do país atua com certa previsibilidade, tanto na economia global quanto para o impacto do desenvolvimento econômico mundial. É um sistema extremamente dependente da exportação de bens de capital, como tecnologia, por exemplo.
A sensação de insegurança, é o que, de fato, impacta de maneira mais significativa a economia e as possiblidades de novos negócios.
Confiança do empresário
No dia 24 de novembro do ano passado, foi publicado na Alemanha, o que seria equivalente aqui no Brasil como o Índice de Confiança do Empresário. Houve uma queda considerada drástica de aproximadamente 2,7%. Ainda assim, essa porcentagem é compreendida como uma taxa dentro de um alto patamar, considerando o início da crise, em março de 2020.
As incertezas geram ruídos, mas, embora o atual cenário tenha todas essas particularidades, o país europeu se mantém bastante confiante. A expectativa é que para esse ano, o número de importações e exportações tenham um aumento entre os dois países. “Acredito que tenha um espaço muito grande tanto para o aumento de exportações alemãs, quanto para recordes de importações de produtos brasileiros na Alemanha”, afirma Ricardo.
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