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Ainda vamos enfrentar um período de escassez de contêineres e fretes altos no transporte marítimo?

Nos últimos meses, acidentes e crises relacionadas à epidemia de covid-19 somadas à um retorno da aceleração da produtividade das fábricas ao redor do mundo promoveram congestionamentos portuários, atrasos nas atracações, desequilíbrios de fluxo e devolução lenta de contêineres vazios fizeram com que as companhias de navegação tivessem de aumentar o preço dos fretes e omitir algumas de suas viagens regulares, bem como cancelar alguns portos de suas rotações. Isso empurrou a confiabilidade do cronograma de embarque global.

A pergunta que todos fazem é: ainda vamos enfrentar um período de escassez de contêineres e fretes altos até quando?

Um surto de COVID-19 fez com que o porto de Yantian fechasse por uma semana no mês passado, o que provocou drástica redução das operações na região, promovendo congestionamento que se espalhou para outros portos em Guangdong e na Ásia.

Essas interrupções nos portos do sul da China tiveram um efeito mais sério no mercado do que o incidente anterior do Canal de Suez no final de março, já que o porto de Yantian na província de Guangdong, Shenzhen, lida com 24% das exportações totais da China.

O porto está de volta à capacidade normal, mas o acúmulo deve levar várias semanas para ser resolvido.

Nesse cenário, o desequilíbrio de fluxo pode continuar a contribuir para o caos de embarques devido aos altos volumes que se deslocam da Ásia para a Europa e os EUA, mas baixos volumes vindos da Europa e dos EUA para a Ásia. Além disso, esse fluxo afeta outros modais, como o transporte rodoviário, já que alguns carregamentos estão sendo transportados por caminhão para outros portos a um custo significativo.

De acordo com especialistas do setor, a escassez de contêineres vazios e os cancelamentos de viagens podem persistir por mais algumas semanas, consequentemente uma alta no preço do frete deve persistir, uma vez que, contamos com uma chegada da Peak Season, ou temporada de pico de vendas, e congestionamento persistente nos portos da Europa, EUA e China.

A expectativa agora é que as empresas devem fazer previsões precisas de volume para o próximo trimestre, um bom planejamento e gestão de riscos.

Com o avanço da vacinação em massa até o final do ano, que ganha força agora no segundo semestre, é provável que ocorra uma estabilização do frete, melhoria na quantidade de equipamentos e mais espaços disponíveis no mercado, o que pode influenciar em uma queda de valores. A média de preços que tínhamos pré-pandemia, não devem voltar tão rápido, pelo menos não neste ano. 

A situação na China

O acúmulo de navios esperando para chegar ao cais do porto de Yantian, o maior porto de contêineres da China, acabou desde que os terminais voltaram a operar plenamente.

Mas não devemos esperar que as cadeias de abastecimento sejam reparadas imediatamente. Embora as autoridades de Yantian acreditem que podem eliminar o acúmulo de contêineres empilhados em algumas semanas, o acúmulo de carregamentos empilhados em fábricas e depósitos em outras partes da região de Shenzhen levará pelo menos um mês para ser liberado.

A reabertura do Yantian também está reduzindo os tempos de espera nos portos próximos de Shekou e Nansha, que estavam lidando com grande parte do transbordamento do navio durante o mês passado.

Especialistas em transporte marítimo dizem que a cascata de carga liberada de Yantian em breve aumentará o congestionamento dos portos e atrasos de navios nos principais portos do mundo, inclusive nos EUA.

O congestionamento volta para as fábricas

Enquanto os navios empilhados em mar aberto esperando para entrar nos portos têm ganhado a atenção da mídia, o congestionamento fora da visão do público está se movendo dos portos para o chão de fábrica.

Os fabricantes na Ásia estão trabalhando intensamente, à medida que as economias continuam a reabrir após a pandemia e os consumidores migram para fazer compras no conforto de suas casas.

Depois de adquirir equipamentos de ginástica, dispositivos eletrônicos e outros itens para recreação em casa e escritórios, os clientes estão comprando maquiagem, roupas e bagagem – coisas que melhoram sua aparência em público ou sua experiência de viagem. Enquanto isso, as empresas estão aumentando as compras de computadores e máquinas.

Os produtos estão sendo vendidos tão rápido, em muitos casos, que as empresas não conseguem reabastecer as prateleiras depois que os estoques se esgotaram no ano passado e enfrentam grandes pedidos em carteira.

É esse o desafio do Comércio Exterior para os próximos meses: equilibrar a demanda global em um cenário intenso de retomada econômica.

Dicas de planejamento para as próximas semanas

Uma alternativa para amenizar esse contexto é se manter informado e planejar previamente. Não é possível manter todos os processos exatamente como era antes da pandemia.

Quanto antes o planejamento for feito, melhor será o trabalho de gestão. A Pluscargo sempre promove informações em nossos canais online, para que dessa forma, o cliente consiga fazer a melhor escolha. Isso vem se mostrando bastante eficiente.

É preciso ter cautela e entender as movimentações do mercado, que sofrem alterações diárias e a tendência é que isso permaneça nos próximos meses.

O principal fator para ter sucesso nas operações de logística em tempos de crise é estar em linha e manter proximidade com os acontecimentos do mercado. Os parceiros são uma das principais fontes de informação.

Fazer a pergunta certa, no momento certo, é fundamental.

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