Dados oficiais divulgados pela China na última semana relatam que a economia do país se expandiu 4,9% no terceiro trimestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado.
O ritmo de crescimento foi maior que o registrado no segundo trimestre, mas ainda abaixo das previsões de analistas do mercado, que esperavam um avanço de 5,2%.
Apesar da tendência positiva de recuperação pós-pandemia da economia chinesa, é importante acompanhar as questões mercadológicas e ligadas diretamente ao comércio exterior para entender como está a movimentação entre os dois países.
A situação de falta de espaço para embarque de mercadoria nos navios chineses ainda é presente.
De acordo com dados de sondagem especial da CNI (Confederação Nacional da Indústria), 56% das empresas estão com dificuldade para comprar matérias-primas no mercado internacional. Isso mostra como a situação afeta diretamente a retomada das atividades após o auge da crise econômica do coronavírus.
Por isso, a Pluscargo Brasil, que está acompanhando de perto todas as mudanças na China, preparou esse material para você.
Boa leitura!
📣 Falta de Equipamentos
Além da situação de falta de espaço nos navios, agora há a questão de equipamentos, mais especificamente 40´HC.
Alguns armadores liberam booking e espaço e, apenas no momento da retirada do vazio, indica ter ou não a disponibilidade do equipamento. Outros já nem liberam booking e espaço caso esteja completamente em falta de 40´HC. O EIR é controlado pelo depot de cada armador.
Como isso funciona?
Cada armador tem sua regra. Em alguns casos, quando há disponibilidade de equipamento, a transportadora do exportador pode fazer um download via website e emitir o EIR (EMPTY INVENTORY REPORT), documento que o DEPOT do armador libera caso tenha a disponibilidade do equipamento. Confirmando essa disponibilidade, o documento é valido por 24 horas.
Muito importante os exportadores e transportadoras estarem atentos a isso, pois após o período, o documento se torna inválido.
📣 Situação de espaço para embarque em novembro
Embora as perspectivas para o mês de novembro sejam melhores sobre espaço e maior probabilidade de negociação de fretes, na prática isso não está ocorrendo.
Novembro, que já deveria ser um mês mais ‘tranquilo’, segue turbulento. Não é o mesmo impacto do que ocorreu entre agosto e setembro, mas a falta de equipamentos está promovendo os atrasos desse período.
Nossos especialistas na China indicam que a situação deve continuar até o Ano Novo, e companhias de contêineres apontam que a falta de equipamentos, não só na China/Brasil como no mundo, deve continuar pelos próximos meses.
📣 Mas por que essa grande escassez de containers?
Observando apenas no cenário brasileiro, temos que, no primeiro semestre, a exportação cresceu em média 6% e a importação caiu em média 11%. Sendo os containers de exportação, em sua maioria, o REEFER, que chegam ao Brasil como NOR.
A escassez começou quando conteiners, que deveriam vir da China, ficaram retidos devido ao LOCKDOWN. Quando houve a liberação, a China precisava atender não somente a demanda do Brasil, como a do mundo todo.
Apesar da situação ter começado há meses, o impacto está sendo fortemente agravado agora. Isso ocorre devido ao desequilíbrio.
Como mencionado, a quantidade de containers existentes já está sendo utilizada e operada em sua totalidade. Dessa forma, os containers não estão voltando à China a tempo de atender a demanda que estão recebendo de embarques do Brasil e, também, de outros países.
📣 O que fazer?
Algumas dicas para evitar problemas com a escassez de conteiners são: planejamento e correta gestão de seus negócios, antecipação do que for possível para liberar seus pedidos imediatamente, principalmente aqueles com prazos para chegada e com mercadorias já vendidas, além do acompanhamento minucioso junto a origem, o que fará grande diferença neste momento.
