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Prepare-se para o feriado do Dia do Trabalho na China

Na China, assim como em diversos países do mundo, o dia 1 de maio é a data reservada para comemorar o Dia Internacional do Trabalho. A diferença é que a celebração pode chegar a 5 dias no país e segue o calendário solar (os feriados seguem o calendário lunar no país).

Até 2019, a data era um período de pico para viagens durante o ano. Isso significava que os embarques de carga poderiam sofrer alterações durante uma que suas importações da China também podem parar nestes dias.

Agora, em 2022, a situação é diferente. Com o aumento de casos de covid-19 em diversas regiões da China, as mudanças e atrasos já fazem parte do dia a dia de quem faz negócios com o país.

Xangai, a cidade chinesa mais populosa, teve um aumento de cinco vezes no número de casos. Embora baixa pelos padrões ocidentais, a contagem em Xangai de mais de 20 mil novos casos na última quinta-feira elevou o total diário do país para um nível recorde, o que fez o país e retornar aos lockdowns, que fazem parte da política zero covid que o país implementa desde o início da pandemia.

Com isso, o feriado do Dia Internacional do Trabalho perde suas características de grande movimentação de pessoas viajando, pois haverá muitas restrições no período. Ainda assim, por conta das barreiras sanitárias.

Acompanhe as dicas dos especialistas da Pluscargo para minimizar os impactos do período:

Previsibilidade: como a situação é delicada na região e os atrasos são esperados, é importante planejar com antecedência e organizar a informação, assim como estar preparado caso ocorram atrasos na entrega da sua carga.

De olho na parceria: busque sempre trabalhar com empresas que se preocupam em entender o cenário, quais são as possibilidades indicadas para o embarque da sua carga, qual o custo x benefício de mudanças na rota desejada e que tenham ferramentas adequadas para que você possa acompanhar essa situação em tempo real.

Acompanhe as notícias: quer saber quais cidades estão com restrições e como isso impacta as atividades de logística internacional na China? Acompanhe o noticiário e fique conectado nos canais da Pluscargo Brasil. Semanalmente, nossos especialistas trazem informações diretamente dos nossos parceiros na China, comentando o que fazer para ter menos impacto nas suas operações.

Como está a situação da China esta semana

O banco japonês Nomura estimou há seis dias que um total de 23 cidades chinesas implementaram bloqueios totais ou parciais, que coletivamente abrigam cerca de 193 milhões de pessoas.

As autoridades cederam um pouco em Xangai, a maior cidade do país, onde o bloqueio entrou em sua terceira semana. Testes em massa no estão em andamento em outra importante cidade portuária, Guangzhou.

Em Xangai, a cidade classificou as unidades residenciais em três categorias de risco, para permitir que aqueles em áreas sem casos positivos por um período de duas semanas possam ter pequena flexibilidade em seus bairros.

A cidade foi dividida em 7.624 áreas ainda isoladas, um grupo de 2.460 agora sujeito a “controles” após uma semana sem novas infecções e 7.565 “áreas de prevenção” que serão abertas após duas semanas sem um caso positivo.

As cadeias de suprimentos estão sentindo o peso do bloqueio de Xangai com o corte da capacidade de caminhões e muitas fábricas e armazéns fechados.

De acordo com especialistas locais, há impacto na velocidade dos movimentos de caminhões e na capacidade de caminhões disponíveis.

Alguns operadores já anunciaram planos de omitir as ligações para Xangai a partir desta semana, com outras linhas que devem seguir o exemplo. De acordo com um novo relatório da consultoria Sea Intelligence, se o período fechado for prolongado em Xangai, pode haver uma escassez de oferta na alta temporada, coincidindo com a liberação de volumes acumulados, o que poderia provocar um aumento no frete.

Xangai é o porto que corresponde ao maior volume de cargas, e com todos estes bloqueios e limitações, a situação acaba se agravando nos portos mais próximos. Quanto mais bloqueios por tempo estendido, mais portos poderão ser afetados.

Essa é a situação atual do porto de Ningbo e Shenzen, local que não está enfrentando lockdown neste momento e que, teoricamente, deveria ter um cenário normal para embarques, porém a realidade é que o porto enfrenta problemas de falta de espaço.

Para explicar, é importante mostrar a rotação da maioria dos serviços, que funciona assim:

SHANGHAI – NINGBO – YANTIAN (SHENZHEN) – HONG KONG – SINGAPORE

O que está acontecendo em Shenzen? A carga que não está conseguindo sair de Xangai é transferida para Ningbo, que lota os espaços disponíveis nos embarques, impedindo que os navios sigam rotação para os demais portos da sequência acima. Sem espaço, os operadores fazem a omissão dos portos em Shenzen e Hong Kong, que começam a ter problemas de atraso, ainda que tenham melhor situação em relação aos lockdowns.

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