A Pluscargo fez uma análise das expectativas sobre o mercado de logística em 2019. Cassio Torres, diretor comercial da Pluscargo Brasil, mostra os números relacionados à importação e exportação no Brasil e explica como eles ajudam a entender o cenário em 2019:
Após 5 anos de incertezas e quedas sucessivas dos volumes de cargas importadas pelo Brasil, a partir do meio de 2017 houve uma recuperação. Isso devolveu parcialmente a confiança para a indústria, que voltou a reinvestir e contratar.
Aqui é importante lembrar que a balança comercial é superavitária por conta do agronegócio. Esse segmento econômico influencia pouco no principal produto da indústria do agenciamento de cargas, o transporte de bens de consumo e de capital, os quais são comumente embarcados pelos modais marítimo e aéreo.
Para efeitos comparativos, vamos compartilhar os seguintes números fornecidos pelo DATALINER, dados coletados pelos profissionais da Datamar que são cruzados com estatísticas oficiais do mercado (dados dos portos e terminais e relatórios de indústrias dos mais variados setores).
** volumes em TEU’s (unidade de 20’)
Avaliando os números acima, mesmo como um cenário político-econômico instável, o país registrou crescimento em relação ao ano anterior (o qual já havia registrado crescimento significativo).
Podemos também perceber que a incidência da contratação do agente de cargas ainda é muito maior para a importação (que demanda uma maior atenção e diferencial de coordenação dos processos) e esse volume controlado pelos agentes registrou crescimento superior ao constatado pelo mercado.
Na exportação o movimento é semelhante, mas a utilização dos agentes de carga é menor em relação à importação.
Na onda desse crescimento, a indústria como um todo voltou a investir.
Armadores investiram no corredor Ásia x América do Sul por meio de lançamento de serviços próprios ou com investimentos na compra de embarcações maiores (caso da COSCO).
Isso mostra uma forte mudança dessas empresas que estavam reduzindo a oferta de espaços anteriormente e agora apostam no seguido crescimento da região, medida que confirma a aposta da recuperação e confiança no crescimento contínuo.
O Brasil é um país que depende da importação de vários bens de consumo e, com a recuperação esperada da economia, a tendência é de manutenção da ascendência da curva de desempenho do mercado para os próximos anos.