Notícias

Como a variante Ômicron está afetando as operações do Comex no início de 2022?

O comércio exterior atingiu um recorde de US $ 5,6 trilhões no terceiro trimestre de 2021, mas ainda existem preocupações sobre como a variante Ômicron do coronavírus pode interromper as cadeias de suprimentos e ameaçar uma recuperação futura.

O comércio mundial está continuando sua forte recuperação da pandemia, afirma a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) em análise recente, mas ainda não está claro qual será a profundidade do impacto da Ômicron no comércio e nas cadeias de suprimentos.

Alguns países impuseram novas restrições a viagens para conter a propagação da variante, o que afeta as operações de logística internacional.

No transporte aéreo, os mais de 4.000 voos foram cancelados pelo mundo até o dia 2 de janeiro, sendo mais da metade deles nos Estados Unidos, afetando pontualmente o embarque de suprimentos, uma vez que aviões comerciais também fazem o transporte de cargas.

Os cancelamentos ocorreram por conta de eventos climáticos adversos e um surto no número de casos de coronavírus causado pela variante Ômicron.

Já no transporte marítimo, a atenção está voltada mais uma vez para o bloco asiático. Com uma abordagem de tolerância zero para a Covid, países como a China e outros países da Ásia-Pacífico ainda podem promover o fechamento de terminais comerciais importantes e a imposição de medidas mais rígidas podem colocar as cadeias de suprimentos já comprimidas sob mais pressão.

Até o momento, apenas Ningbo, na China, está com restrições que já são sentidas nas operações de logística internacional, por conta do aumento de casos da nova variante.

Após a identificação de 23 casos de Covid entre 01 e 03 de janeiro, há uma restrição maior na região portuária de Beilun, onde as autoridades estão implementando controles de entrada e saída nas áreas afetadas.

As restrições aumentadas podem resultar em interrupções na produção, incluindo entregas de curto prazo e atrasos no atendimento de pedidos, nas fábricas nas áreas afetadas do distrito de Beilun. Atrasos no processamento e interrupções no envio são possíveis no Porto de Ningbo; no entanto, os oficiais emitiram passes para motoristas de caminhão autorizados a entrar em locais fechados e designados ‘vias verdes’ para veículos de contêineres para acessar a área do porto, de acordo com informações recebidas por profissionais que trabalham no local.

Em Xangai, na China, foi verificada uma redução de fila de espera para atracação de 24 horas para 6 horas, mas já é estimado um aumento nesse tempo, devido ao feriado chinês de Ano Novo, somado a possibilidade de cargas com rota desviada de Ningbo.

Em Hong Kong, o terminal está cheio, mas com operação normal e tempo de espera médio de 4 horas. O gargalo local é por falta de espaço, pois alguns armadores omitiram o porto de Hong Kong, uma vez que o tempo de espera de atracação está em torno de 3-4 dias.

Durante esse período, a melhor estratégia é verificar opções de embarque de cargas dessa origem para resolver possíveis problemas pontuais.

Isso deve afetar o comércio global no primeiro trimestre de 2022?

De acordo com especialistas do mercado, mesmo com a nova variante do coronavírus, a expectativa é que a Ásia vai lidar melhor este ano com as restrições do que no ano passado. Os bloqueios durante a onda em meados de 2021 derrubaram as fábricas da região, desde seu pessoal até o fornecimento de matérias-primas.

Embora a desaceleração do crescimento global e uma mudança de volta aos serviços de bens possam reduzir o boom das exportações da Ásia, a perspectiva geral permanece otimista, de acordo com economistas do Goldman Sachs.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *