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Digitalização do transporte marítimo traz benefícios, mas demanda atenção com a segurança

Os desafios enfrentados pelo comércio exterior impulsionam o desenvolvimento de novas soluções e tecnologias para enfrentar problemas como falta de mão-de-obra, tempo de embarque e desembarque e para otimizar a operação.

A transformação digital também deixa evidente pontos que demandam a atenção, como a vulnerabilidade a ataques cibernéticos que inviabilizam a operação dos terminais de carga. Há a suspeita de que um ataque cibernético derrubou o Sistema de Gerenciamento de Informações do Terminal de Contêineres de Jawaharlal Nehru, na Índia, impedindo a atracação de navios. A segurança dos sistemas de informação é um um novo desafio que não deve ser ignorado. 

Conheça o pioneirismo do Japão com os dois navios de carga automatizados e os terminais inteligentes da China. Também acompanhe a situação do Porto de Jawaharlal Nehru.

Japão é pioneiro na operação de navio de carga automatizado

No Japão, iniciou-se a operação dos dois primeiros navios porta-contêineres totalmente autônomos do mundo. As embarcações contam com a tecnologia desenvolvida em parceria entre a instituição sem fins lucrativos Nippon Foundation e as empresas Mitsui Lines e Japan Railway Construction. 

Com o desenvolvimento de navios e balsas autônomas e caminhões anfíbios, as organizações esperam que a tecnologia fortaleça o setor de transporte de carga e ajude a superar os desafios que o país tem enfrentado para manter sua produtividade com o envelhecimento da população.

Além de ser um dos primeiros navios a serem operados autonomamente, Mikage foi a primeira embarcação automatizada a ser testada. Com 95 metros de comprimento, Mikage percorreu 161 milhas náuticas (298,17 quilômetros), ao realizar a rota do Porto de Tsuruga, no Mar do Japão, até o Porto de Sakai, próximo de Osaka. Para navegar, o navio porta contêiner é equipado com sistema de sensores por radar, câmeras e direcionamento por satélite.No porto de Sakai, Mikage chegou a ancorar sozinho com o auxílio de drones para lançar as cordas aos trabalhadores do Porto que estavam aguardando a atracação do navio. 

Outras companhias internacionais questionam se a automatização é o futuro da navegação. Elas avaliam que as empresas de navegação podem se beneficiar mais com o investimento em eficiência para controle das embarcações do que com a automatização de toda a equipe de bordo. Entretanto,o investimento em automatização na indústria de navegação se mostrou urgente para o Japão, pois com o envelhecimento da força de trabalho marítima, há a necessidade de desenvolver alternativas para manter as operações do setor.

Segurança, um desafio da transformação digital

A gestão do transporte marítimo demanda um alto controle das informações para monitorar e controlar as operações. Com essa finalidade, é possível implantar o Sistema de Gerenciamento de Informações (em inglês, Management Information System – MIS) em portos com atividades intensas, como é o caso do Porto de Jawaharlal Nehru, que é o terminal de contêineres estatal mais movimentado da Índia.

No entanto, um suposto ataque cibernético ao MIS paralisou o terminal de contêineres administrado pela autoridade portuária estatal do porto de Jawaharlal Nehru desde segunda-feira, forçando o Terminal de Contêineres de Jawaharlal Nehru (em inglês,Jawaharlal Nehru Container Terminal – JNPCT) a desviar navios de contêineres para outros terminais no porto localizado perto de Mumbai.

O sistema está completamente fora do ar e a equipe responsável pelo MIS está trabalhando para recuperá-lo. Ainda não há uma previsão exata de quanto tempo será necessário para restaurar o sistema, mas estima-se que levará de 3 a 4 dias no mínimo.   

Como consequência do suposto ataque cibernético, a JNPCT não está aceitando a atracação de navios, pois para realizar a operação é necessário apresentar documentos que são acessados digitalmente por meio do sistema e que no momento a consulta se encontra inviabilizada. 

Inovação e tecnologia nos terminais de carga marítima 

Os portos inteligentes são aqueles que contam com tecnologias como Blockchain, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data para promover a automatização. A inovação ajuda a otimizar a operação no porto, promovendo um desembaraço aduaneiro mais rápido ao organizar melhor o fluxo de carga. Isso também permite que o tempo de permanência dos navios nos portos diminua, algo que impacta diretamente nos desafios que a crise global da cadeia logística enfrenta.

O mercado global de portos inteligentes deve chegar a US $2 bilhões até o final de 2025, impulsionado pela crescente necessidade de reduzir o tempo e o custo do transporte marítimo por meio da transformação digital.

A China é o país que mais possui terminais automatizados, são 10 terminais automatizados de contêineres até o momento, com mais 7 em construção. Os resultados da operação desses terminais é positivo, com sua eficiência de carga e descarga sendo melhorada gradualmente.

O maior terminal automatizado do mundo faz parte da Fase IV do Porto de Águas Profundas Yangshan de Shanghai, que entrou em operação em dezembro de 2017. A movimentação de contêineres do terminal atingiu 2,01 milhões de TEU em 2018, 4,2 milhões de TEU em 2020 e provavelmente excederá 5,7 milhões de TEU em 2021. 

 

Melhoria contínua é um dos principais pilares do negócio da Pluscargo e a tecnologia e inovação são ferramentas para alcançar esse objetivo. Em 2019, a empresa implantou um novo sistema operacional para melhorar a experiência do cliente com a empresa: o e-Plus, que permite que o cliente consulte a sua operação em tempo real e dá mais segurança e agilidade aos processos. 

Para a Pluscargo, 2022 é o ano da inovação. Um dos principais focos da empresa é o investimento em tecnologia para continuar aperfeiçoando o seu serviço. Muitas novidades estão por vir. 

 

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