A China tenta conter um novo surto de coronavírus, agravado pela disseminação da variante delta no país, que atingiu quase metade das 32 províncias da China em apenas duas semanas. Milhões de pessoas voltaram ao confinamento desde segunda-feira (2/8) Além das restrições a viagens para o exterior imposta a seus cidadãos, o país aposta em testes em massa para conter o retorno da pandemia.
As medidas fazem parte da estratégia de “tolerância zero” da China, que teve sucesso em conter surtos anteriores. Mas as restrições estão tendo um grande impacto na sociedade e na economia, o que já fez alguns analistas revisarem as previsões de crescimento do país no terceiro trimestre.
É esperado que o setor de transportes comece a fazer planos de contingência se os casos de Covid-19 continuarem a aumentar na China.
De acordo com um relatório da Braemar ACM, para os mercados de frete, as implicações incluem atrasos nos portos enquanto as autoridades examinam as tripulações dos navios que chegam e um impacto na demanda de petróleo da China se bloqueios generalizados forem impostos.
Quando um surto de Covid-19 foi detectado no Porto de Yantian no final de maio, as operações no principal centro de exportação do sul da China foram reduzidas em 70% na maior parte de junho. Interrupções semelhantes estão previstas nas próximas semanas, enquanto todo o setor deve rever seus cronogramas, caso medidas de bloqueio mais amplas sejam tomadas.
De acordo com as primeiras informações que recebemos, quais são os impactos percebidos até o momento:
Província de Jiangsu: Nanjing e Yanzhou são as regiões mais afetadas. As cidades estão bloqueadas e não há serviços de caminhões. Não há trabalhadores para carregar os contêineres.
Nantong, Zhangjiagang, Wuxi, Suzhou: não há problemas detectados até o momento, mas os motoristas não aceitam rotas para a província de Jiangsu.
Alguns navios deixarão de fazer escalas para Xangai e Ningbo na próxima semana, então o espaço está cada vez mais escasso por conta dessa situação.
Os exportadores já estão relatando atrasos em suas produções e indicando preocupação em atender as demandas em tempo, enquanto as empresas de transporte marítimo, reportam problemas de omissões nos portos para as próximas semanas. Lembrando que a região ainda não tinha se recuperado dos últimos acontecimentos como tufão, congestionamento e falta de equipamento e espaço.
A maioria dos portos do país está exigindo um teste para toda a tripulação, com os navios sendo forçados a permanecer parados até que resultados negativos sejam confirmados.
Muitos também estão exigindo que os navios fiquem em quarentena por 14-28 dias, caso tenham atracado anteriormente na Índia ou feito uma troca de tripulação 14 dias após sua chegada à China.
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Nosso time de especialistas está em contato direto com parceiros na China, monitorando situações que possam impactar no planejamento do embarque de carga nas próximas semanas.
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