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A situação do transporte internacional de carga segunda quinzena de fevereiro

A pandemia do novo coronavírus fortaleceu o movimento dos últimos 20 anos de aproximação comercial entre Brasil e Ásia.

Em 2020, do montante total, em dólares, do comércio exterior brasileiro, 42% foram relativos ao continente asiático.

Essa condição está atrelada ao rápido desenvolvimento econômico da China nas últimas décadas.

O gigante asiático saiu do 9º parceiro comercial do Brasil em 2001 para o 1º em 2009, mantendo-se na posição até hoje.

O crescimento de países como Coreia do Sul, Índia e os integrantes da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) também reforçou o movimento.

Mesmo com um cenário de dificuldades em relação à disponibilidade de espaço e falta de contêineres no mercado global, os especialistas seguem otimistas com as relações do Brasil com os países asiáticos.

A Costa Oeste americana
Os portos de Los Angeles e Long Beach foram sobrecarregados com uma enorme quantidade de importações de contêineres nos últimos meses.

Como resultado, as cargas que entram e saem dos portos diminuíram a um ritmo relativo, uma vez que os portos lidam com um volume recorde junto com uma redução no pessoal relacionado à pandemia COVID-19.

Essa desaceleração decorrente dos altos níveis de importação gerou congestionamento nos terminais e seus entornos.

Os altos níveis de importação são resultado do aumento dos gastos do consumidor e dos varejistas trabalhando para reabastecer seus estoques. Os gastos mudaram de serviços, como filmes e restaurantes, para bens físicos, gerando níveis recordes de importação nos portos americanos.

Na dia 25 de fevereiro, você vai acompanhar um webinar especial com um especialistas da Pluscargo Estados Unidos para entender o cenário e saber o que fazer enquanto a situação é complexa para o transporte de cargas na região.

Na Europa

Os aeroportos da Europa Ocidental continuam enfrentando problemas de congestionamento, sem nenhum sinal de redução dos fluxos, apesar do feriado na China.

O volume nos aeroportos aumentou 40% em relação ao ano passado, enquanto a atividade dos cargueiros aumentou 113%.

Enquanto isso, o transporte rodoviário na Europa enfrenta novas restrições de fronteira sendo introduzidas entre os estados.

A União Internacional de Transporte Rodoviário (IRU) alertou esta semana que novas medidas de fronteira recentemente impostas pela Alemanha em seus cruzamentos com a República Tcheca e a província austríaca de Tirol, para reduzir a propagação das mutações covid-19, poderiam levar a um congestionamento semelhante ao visto em Dover pouco antes do Natal.

Embora essas fronteiras permaneçam abertas ao tráfego de carga, sob as novas medidas, os motoristas de caminhão têm que apresentar um teste Covid negativo, o que deve provocar lentidão no fluxo do comércio através das fronteiras.

No transporte marítimo, o problema de vazios enfrentado há meses na região influenciou novas políticas de transporte interno dos armadores, principalmente sobre o aumento dos preços.

A novidade é uma explosão de exportações de itens do setor automotivo, químicos e produtos farmacêuticos do norte da Europa para o Brasil. Os principais armadores já estão cheios até a terceira semana de março, com volumes principais saindo de Roterdam, Antuérpia, Hamburgo e Le Havre.

Os aumentos percebidos são nas taxas como: EBS (Emergency Bunker Surcharge), PSS (Peak Season Surcharge) , EFF (Environmental Fuel Fee) , além do GRI e Shipping Guarantee.

Novo marco legal do mercado de câmbio

Na quarta-feira (11) foi aprovado pela Câmara dos Deputados o novo marco legal do mercado de câmbio.

Ele possui como alicerce os princípios da inserção da economia brasileira no mercado internacional, da livre movimentação de capitais e da realização das operações no mercado de câmbio de forma mais simples, transparente e com menor grau de burocracia.

Especialistas avaliam que a proposta garantirá simplificação e agilidade para as operações de importação e exportação e é um passo importante para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O projeto ainda precisará ser analisado no Senado.

Novidades na OMC

A economista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, de 66 anos, será a primeira mulher africana a assumir o posto de diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a associação de 164 países sediada em Geneva, na Suíça, que modera as relações comerciais globais. 

Eleita em reunião extraordinária virtual, com o apoio da maioria dos países-membros, ela chega à autoridade máxima do comércio global em um momento especialmente delicado para as relações comerciais internacionais.

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