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O Brasil e a logística internacional de cargas

Paula Machado – Branch Manager da Pluscargo

A previsão da OMC (Organização Mundial do Comércio) é que a expansão do comércio internacional seja de 4,4% em 2018, e 4,0% em 2019.  Nesse cenário, o Brasil ocupa a 26ª posição do ranking dos maiores exportadores do mundo. No ranking de importação, o Brasil está na 29ª posição. Veja o cenário do Brasil em relação à logística internacional de cargas:

Transporte rodoviário e ferrovias

No Brasil, o meio de transporte mais utilizado é o rodoviário. De acordo com o Banco Mundial, 58% do transporte no país é feito por rodovias.

As rodovias privatizadas possuem estrutura mais adequada, mas o alto valor do pedágio não permite a redução do custo do frete.

A frota de caminhões no Brasil é antiga, com aproximadamente 20 anos de circulação. Para entender o impacto disso, uma comparação pode ser feita com os Estados Unidos, onde a frota não é utilizada por mais do que seis anos.

Uma alternativa ao transporte rodoviário seriam as ferrovias, que possuem maior capacidade, rapidez e são menos poluentes.

No Brasil, o setor ferroviário enfrenta alguns problemas como: integração entre linhas e outros modais, manutenção das vias e expansão da malha ferroviária.

Aeroportos e portos

Os aeroportos são os destinos das cargas de maior valor e que necessitam de urgência na entrega. Dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) apontam que o transporte aéreo internacional de cargas, feito a partir do Brasil, teve crescimento de 36,9% de janeiro a junho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2017.

Mais de 90% do comércio exterior do Brasil ocorre em portos. O setor portuário brasileiro movimentou 1,086 bilhão de toneladas em 2017, segundo a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), um crescimento de 8,3% em relação a 2016.

Os portos nacionais ainda enfrentam dificuldades para receber navios de grande porte, utilizados pela industrial naval mundial em suas principais rotas.

O maior navio já atracado em porto brasileiro foi o Cape Sounio, da armadora Zim, com capacidade de carregar 11 mil TEUS.

Caminhos para o futuro

O Brasil reconhece a necessidade de melhorias para continuar competitivo em um cenário de logística internacional.  No dia 9 de junho deste ano, o Governo Federal anunciou a segunda etapa do PIL (Programa de Investimento em Logística) – a primeira foi lançada 2012.

Nessa fase estão previstos investimento de R$ 198,4 bilhões na infraestrutura do país, divididos em: R$ 66,1 bilhões destinados às rodovias, R$ 86,4 bilhões em ferrovias, R$ 37,4 bilhões em portos e R$ 8,5 bilhões em aeroportos.

Esse é um cenário otimista e que pode trazer grandes benefícios para o transporte de cargas no país.

 

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