Os portos indianos enfrentam uma crise de escassez de contêineres em outubro, devido ao aumento da demanda, redução das importações e problemas de rotação do porto.

De acordo com especialistas, a situação pode durar mais de três meses, já que o congestionamento atinge o porto de Colombo, no Sri Lanka e os carregadores pedem uma regulamentação mais rígida no controle dos fretes.

O porto de Colombo é o maior do Sri Lanka, movimentando 90% dos bens do país transportados por mar. Liga a Europa, o Médio Oriente, África e Ásia, tendo sido o de crescimento mais rápido em todo o mundo no primeiro semestre de 2018 e o mais movimentado do Sudeste asiático.

Como a situação se agravou?

Durante a fase aguda da crise de coronavírus, as exportações indianas caíram por seis meses consecutivos, incluindo uma queda de 12,6% no comparativo anual em agosto. Os navios que estavam ociosos foram redirecionados para novas rotas, levando a lacunas de oferta e demanda para as principais rotas comerciais do país.

Devido à falta de navios de contêineres nos portos indianos, muitas transportadoras e NVOCCs encurtaram suas posições de arrendamento de contêineres, o que criou uma escassez e gerou custos adicionais. O aumento das tarifas de frete impactou diretamente a competitividade dos exportadores, principalmente os pequenos, que são os mais afetados nessa situação.

O Conselho de Promoção de Exportações de Engenharia da Índia (EEPC) pediu ao governo que criasse um regulador para controlar o que alega serem práticas “monopolistas” das companhias marítimas.

Outro desafio recente encontrado na operação foi o ataque cibernético à CMA CGM, atrasando o processo de reserva.

Agora, o congestionamento dos portos no Sri Lanka complicou ainda mais a situação.

Como o porto de Colombo é um conector para outros continentes e há um período de espera de três a quatro semanas para mais conectividade de contêineres, o congestionamento se tornou inevitável.

Nossa equipe fez uma verificação na situação de embarque para alguns dos principais armadores locais. Quase não há saídas disponíveis em outubro, sendo que as próximas alternativas de embarque são apenas para primeira semana de novembro.

Os especialistas da Pluscargo estão em contato com equipes locais e voltarão em breve com mais informações sobre a situação dos portos na Índia.