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Atualizações sobre o transporte de carga marítimo – 16.12

A China vem sendo impactada por novas medidas de restrições contra covid-19. Bloqueios em Zhejiang foram decretados, fazendo com que o fechamento de diversas fábricas e novas restrições ao transporte rodoviário acontecessem.

Casos de covid-19, com a variante Omicron, foram identificados em Tianjin e Guangzhou nesta semana. A situação em Zhejiang (Shanghai/Ningbo), um importante centro industrial, segue sendo a mais crítica, onde o lockdown está sendo implementado em algumas áreas , interferindo na circulação de caminhões, que estão enfrentando dificuldades para entrar nos portos dependendo da região de origem.

Cerca de 20 empresas que atuam na província suspenderam as atividades, como fabricantes de baterias, produtos farmacêuticos e têxteis. O centro de petroquímico em Zhenhai, atualmente está bloqueado e, Shangyu, ao lado de Shaoxing, está paralisada parcialmente junto a todas as fábricas, com exceção das que produzem itens considerados essenciais e EPI.

Até o momento, as áreas que estão bloqueadas devido ao Covid-19 são:

  • Cidade de Shaoxing (próximo ao porto de Xangai)
  • Distrito de Ningbo Zhenhai (perto do porto de Ningbo)
  • Cidade de Hulunbei’er (cidade do interior em o norte da China)

As mesmas regiões também enfrentam problemas com transporte rodoviário, com dificuldade de movimentação de carga. 

Xangai, Hangzhou e Suzhou, embora tenham alguns casos de covid-19, até o momento, não há notícias sobre bloqueios e complicações.

As restrições estão afetando, especialmente, empresas têxteis e motoristas de caminhão, que encontram dificuldades no acesso ao Porto de Ningbo-Zhoushan, que mesmo seguindo com as operações, está funcionando de maneira mais lenta. Hangzhou está parcialmente bloqueada e uma série de voos domésticos do aeroporto da cidade foram cancelados.

Atualmente, há cerca de 30 navios porta-contêineres aguardando fora do porto de Ningbo.

Na primeira semana de dezembro, o distrito de Zhenhai, em Ningbo, sofreu um bloqueio de duas semanas após novos casos de contaminação de covid-19 serem identificados. As medidas restritivas rigorosas e ágeis fazem parte do plano de controle da doença na China.

Frete marítimo

Exportadores do Vietnã foram impactados pela alta de taxas que tiveram um aumento dez vezes mais alto. Os valores seguem subindo e já alcançam a marca mais alta desde o início de 2021.

Um dos possíveis motivos dessa situação é a ausência de contêineres vazios. A falta de espaço, que dura há cerca de um ano, e o aumento da demanda, contribuíram para o agravamento da situação.

Porto de Vancouver

Mais de 50 navios ficaram encalhados no Porto de Vancouver causando congestionamento. O motivo foi inundações de fortes temporais, que também impactaram o transporte ferroviário e rodoviário, que ainda não possuem previsão de retorno e normalização.

Em British Columbia, onde fica o Porto de Vancouver, foi decretado estado de emergência até 14 de dezembro. Ainda sem solução, contêineres seguem acumulando nos terminais portuários. O governo local irá desenvolver uma área para armazenar temporariamente contêineres vazios. 

Portos de Los Angeles e Long Beach

Os dois portos adiaram as taxas de oferta de contêiner pela quarta vez. Houve uma diminuição de 37% desde que os valores foram anunciados.

Atualmente, existem 97 navios porta-contêineres ancorados navegando lentamente em direção aos portos do sul da Califórnia, onde o acúmulo induzido pela pandemia continua.

Recorde de movimentação 

Neste ano, o Porto de Los Angeles apresentou um dos períodos mais movimentados de sua história. Embora os atrasos e as complicações operacionais continuem, é possível identificar melhorias. O Porto caminha para um recorde histórico de 10,8 milhões de contêineres neste ano, representando um aumento de 13% em relação ao pico anterior em 2018.

Desde que a pandemia começou, no início de 2020, o tempo de transporte de carga nas linhas ferroviárias é considerado o menor. Há um acúmulo de contêineres vazios, devido ao declínio de exportações considerado baixo desde 2005. Parte desse sucesso é reflexo da boa gestão em lidar com o aumento de demandas de importação.

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